direitos autorais de prosa, poesia e imagens: Priscila Prado
(salvo expressa diversa referência )


domingo, 21 de fevereiro de 2010

INVICTUS

Este poema inspirou Nelson Mandela
a suportar com dignidade e coragem
27 anos de prisão - de onde saiu para
ser o presidente da África do Sul,
pregando o perdão e a reconciliação.
Inspirou o filme de mesmo nome (INVICTUS),
em cartaz nos cinemas.
Que sirva de inspiração também para nós!


Invictus
Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini
Copyright © André C S Masini, 2000Todos os direitos reservados. Tradução publicada originalmenteno livro "Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa"
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

o original:

Invictus
by William E Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

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