DERROTA
Gibran Khalil Gibran
Derrota, minha Derrota, minha solidão e meu isolamento.
És para mim mais cara do que mil triunfos,
E mais doce ao meu coração do que toda a glória do mundo.
Derrota, minha Derrota, meu autoconhecimento e meu desafio,
Por ti sei que sou ainda jovem e de pés ligeiros
E que não me deixarei prender por louros murchos.
E em ti encontrei a solidão
E a alegria de ser evitado e desdenhado.
Derrota, minha Derrota, minha espada reluzente e meu escudo,
Em teus olhos li
Que subir ao trono é ser escravizado,
E ser compreendido é ser rebaixado,
(e ser alcançado beneficia apenas os outros)
E que ser dominado é alcançar a plenitude
E , como um fruto maduro, cair e ser consumido.
Derrota, minha Derrota, minha ousada companheira,
Ouvirás minhas canções e meus gritos e meus silêncios,
E ninguém senão tu me falará do bater das asas,
E da agitação dos mares,
E das montanhas que ardem à noite,
E só tu escalarás as rochas e penhascos da minha alma.
Derrota, minha Derrota, minha coragem imortal,
Tu e eu riremos juntos com a tempestade,
E juntos cavaremos tumbas para tudo o que morre em nós,
E ficaremos de pé ao sol com uma vontade indomável,
E seremos perigosos.
(publicado na edição de abril do jornal literário Rascunho)
direitos autorais de prosa, poesia e imagens: Priscila Prado
(salvo expressa diversa referência )
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Preciso fazer contato com você. Tive um livro seu em mãos e gostaria de publicar na revista O CUIDADOR.Você pode ver nossas revistas no portal www.ocuidador.com.br
ResponderExcluirAbraço
Marilice Costi
editora@ocuidador.com.br
Fantástica e maravilhosa esta poesia do gênio Khalil Gibran! obrigado por postá-la em seu blog.
ResponderExcluirJosé Luiz Pappone
O LOUCO é meu livro de cabeceira!
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